Há solidão!
A noite...
Vago sem destino,
Pelas ruas mal iluminadas...
Todo o vento é poeira...
Como estou só no mundo!
Como tudo,
É lágrima e silêncio!
Solidão...
Que se anuncia em vultos de arvoredo,
Em rochas diluídas na penumbra...
E soluços de vento perpassando
Na tenebrosa lividez de céu.
Noite morta!
Num leve riso vago de estrelas,
Se adivinha...
Somente as grossas lágrimas da chuva
Escorrem pela minha face agora.
Como estou só no mundo...
Como é triste...
A solidão que faz a tua ausência,
È o terrível e trágico silêncio
Da tua alegre voz emudecida!