terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Poeta da noite!!

"Oh amigo e parceiro da noite,
tu que te extasias com o ladrar
dos cães acuando suas presas,
com o sangue vertido,
vagueias em meio 'as sombras
passeando entre tumbas,
cobiças o e fazes tremer
de terror os mortais!
Gorgo, Mormo, Lua de mil faces,
apreciem nossos sacrificios."

( Autor desconhecido)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tentação!!

Tem em seu olhar,
A chama cruel que arrasta corações...
Tentação...
Enrosco-me em teu corpo,
Neste mar de amor onde vagam meus desejos.
È noite ainda...
Em meio a nevoa, a lua me faz companhia.

domingo, 9 de outubro de 2011

Retrato!!!

Vago sem sentir o chão,
Estranha sensação,
Já posso voar..

Vago em torno de mim,
Vagarosamente, timidamente.
Aos sons de alaridos fantasmas,
Apagando marcas de contundentes amarras.

Meus olhos se fecham olhando um retrato,
Abrindo velhas chagas de velhas memórias.

Já nem sei mais quem sou, ou talvez nunca soube;
Já nem sei mais se sou feliz, ou talvez nunca fui;
Tudo em minha volta é obscuro, medonho e sinistro;
Sou um ser cujo o ódio, o coração enegreceu...

Minha alma é pobre, sou desprezível e repulsiva...
Uma alma que vagueia sem rumo pelo espaço...
Onde meu rosto nunca se abre,
Rosto que sangra por dentro,
Arrancando cada esperança de si.

Oh! que amarga doçura...
A musica que embala do compasso,
O compasso que se arrasta para a morte,
Deixando cada chaga se esvaindo em sangue,
Iluminando pelas trevas a alma perdida,
Fechando sobre si, tudo o que desaba,
Deixando que permaneça apenas um retrato...
Retrato...
A saudade que há de matar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Siga-me!!


Estrelas glamorosas escurecem o dia...
As sombras da noite iluminam meu caminho.
Por favor, não tenha medo de mim
Siga-me...
Através da escuridão, siga-me.
Sou filha do pecado...
Minha voz eco no vento.
Por favor, não tenha medo de mim...
Estou aqui para quebrar o silêncio

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

È Duro!!!

Gostaria que as estrelas no céu pudessem chorar...
E as nuvens pudessem levar a lua para uma viagem distante.
Eu andei a noite toda, por ruas vazias...
Na cidade dos sonhos perdidos,
Lugar onde perdi meu amor, 
Lugar onde perdi minha alma.
È duro baby...
È duro...
Eu quero saber o perigo do teu beijo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Seres Góticos!!

Somos seres de sentimentos escuros,
Fantasmas noturnos que choram,
Pelas tristezas que os devoram,
Nos pensamentos obscuros.

Nossas almas melancólicas,
Vagam pela noite sombria,
Em busca da alegria ilusória,
Perdidas nas sombras exóticas.

Vida destruída por desilusões...
Por favor não tenha medo
De uma alma que é triste e amaldiçoada.

Trajando quase sempre luto,
Somos o estranho fruto
Do mundo feliz que não existe.

(Autor desconhecido)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Solidão!!

Há solidão!
A noite...
Vago sem destino,
Pelas ruas mal iluminadas...
Todo o vento é poeira...
Como estou só no mundo!
Como tudo,
É lágrima e silêncio!

Solidão...
Que se anuncia em vultos de arvoredo,
Em rochas diluídas na penumbra...
E soluços de vento perpassando
Na tenebrosa lividez de céu.


Noite morta!
Num leve riso vago de estrelas,
Se adivinha...
Somente as grossas lágrimas da chuva
Escorrem pela minha face agora.

Como estou só no mundo...
Como é triste...
A solidão que faz a tua ausência,
È o terrível e trágico silêncio
Da tua alegre voz emudecida!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alucinação de um pobre coração!!

Corri pelos belos campos de orvalho fresco
Debrucei-me nas pedras a observar o horizonte
E vi o meu desejo ao longe surgir
Aos olhos da pálida lua que virá por vir.

Estrelas iluminam o céu sombrio
Onde descansa a rosa que me deste.
Ao cair da noite que nos atenta,
Teus lábios a procura dos meus...

Teu lento piscar seguido de um olhar,
Um sorriso em teus lábios pensei avistar
Por minha'alma clamar por ti...
Num instante de abandono,
Que a ti, conde de meus vicios
Declaro meu jeito de amar.

Uma longa nooite ao luar, que pareceia perfeita
Mas que ao sopro da alvorada,
Encontro-me sozinha
Regada pelo frio e o sereno da madrugada
Na companhia da solidão.

Teu perfume meu bem, para sempre irei lembrar.

Agora por toda a vida não irei hesitar
Pois só me restam as lembranças...
Apenas lembranças...
De uma simples rosa que meu amado beijou,
Que ficou aos meus pés...
Ao som de alaridos fantasmas.

sábado, 24 de abril de 2010

Lágrimas de sangue!!

Um sorriso brota em meus lábios sofridos,
Expressando o meu amor de modo amargurado.
Sem notar mais uma gota de sangue cai sobre mim,
Em meus espelhos, minha morte reflectida de modo claro,
Sinto espíritos por perto...
Um leve arrepio sinto em meu corpo,
Então o medo toma conta de mim,
Sinto o teu sopro de leve em meu pescoço,
O sangue que escorre sobre mim, são as lágrimas do meu
Sofrimento...
Por amá-lo e não poder estar com você em seu mundo,
Sinto a culpa...
Quando estou só, não ouço a voz, não vejo as cores...
Posso sentir, tua presença em minha alma,
Não posso tocá-lo, porque estás além dos olhos meus...
Na madrugada somos três... A tristeza, a solidão e eu...
Se estás aqui, eu adormeço em teus acalentos,
Se tu me acolhes, já me inundo de desejos.
Quem dera... Que fosses o conde de meus vícios,
A fumaça nos pulmões... O escudo, a espada e o espírito...
Eu ouço vozes e vejo vultos,
Eu bebo um gole de wisque e corto meus pulsos.
Um corpo caído, um sonho do avesso.
Já não luto contra o luto, não amputo meus impulsos...
Desmaio ao devaneio no meu leito moribundo,
Noturna... Soturna, na dor e na saudade
Nas flores do sepulcro...
Até que a morte nos separe.
A lágrima no meu rosto é mágoa...
Escuridão...
A escuridão... Nela te procuro...
E em cada tentativa,
Em cada verso,
Em cada parede,
Em cada fragmento...
Ouço bem baixinho um grito de sussurro dentro de mim.
Em uma janela do tempo... Infinita e vasta,
O amor se vê... jamais direi que te esqueci...
Amo sozinha, coisas que cavei em noites infinitas que por ai andei...
Bate forte... Muito forte...
Pego meu coração pela boca e o parto em estrelas...
Estrelas...
Sorrisos...
São as batidas de um coração apaixonado...
Uma vela ilumina a escuridão que por lá já não esta...
Brilho perdido toma um rumo diferente...
Os encaixes voltam a se unir harmoniosamente...
Como um som angelical...
Trovões bravejam meu peito,
Miro coisas com convicção...
As contas se tornam simples adições,
Que subtraem da mente todas as divisões...
Amor...
Tristeza...
Todas juntas em um momento em que a separação as une.
Lapsos trazem a memória de volta...
Um estalo desconhecido de um barulho que conheço,
Frases soltas que preciso organizar,
Escritos desorganizados fazem os versos desta palavra perdida...
Perdida em achados que pensamos não saber,
Saber sem ter sabedoria... Sincronizando encontros de luz obscura.
Um trabalho de corpo maravilhoso...
Sem respirar e ofegando,
Suspiro cada gota de suor de meu pensamento...
Pensamento...
Meu pensamento misturado no pensamento de uma lembrança futura...
Perdi-me nos caminhos que achei...
...Achei ter achado o caminho perdido de cada palavra guardada...

Homem Amante!!

Mãos que me levam,
Na suavidade de teus tons
Balsamo a transbordar em sussurros
Afagando-me em pétalas de beijos...

O gosto da tua pele,
Sal impregnado em meus lábios,
Que me mata de sede
A beira da fonte dos teus prazeres.

O teu gosto em minha boca,
Mel que sacia meus desejos
Na hora derradeira,
Do medo de te perder
Em meio aos lençóis...

Com as liras do teu coração, veste-me
Anjo...
Tendo-me em notas de caricias
Murmura-me teus alentos em acordes...
Na partitura sonolenta dos meus olhos.

O teu cheiro impregnado em meu corpo...
Perfume raro...
Que nem a chuva lava de mim...

Teu corpo me enlaça, em rodopios suaves
Passos que me levam em delírio ao éter.
Cósmico bailado, em ritmos celestes
Alçam em rufos esperanças azuis.

O gosto da tua pele...
Sal impregnado em meus lábios
Indecências...

Quantas esteiras de luz se acendem,
Quando me tocas??
Milhares de estrelas espetam meus dedos!!
Rios se perdem deixando em abandono seus leitos!!
E um atropelo de veias...
Sangue correndo veloz
Sem saída...
Quando me tocas!!

Esculpes em meus surdos ouvidos...
Escalas musicais, gorjeios cintilantes...
Mostra-me os salões da vida, ribalta
Onde minha pernas trôpegas vacilam.

Eu ardo febril...
Tantas chamas...
Quantos gelos...
Quando me tocas...

Quantas catástrofes...
Tumultos...
Revoltas...
Provocas em mim.
Quantas loucuras submetes minha química,
Quantas queimaduras me causa a tua pele.

A quantos perigos...
Me exponho
Quando me tocas...
Que me mata de sede
À beira da fonte dos teus prazeres.

Acordas meus pensamentos torpes
Envoltos em vinhedos nebulosos...
Anestésicas trilhas, embriagadas paixões...
Onde deitei distraidamente meu coração.