Um sorriso brota em meus lábios sofridos,
Expressando o meu amor de modo amargurado.
Sem notar mais uma gota de sangue cai sobre mim,
Em meus espelhos, minha morte reflectida de modo claro,
Sinto espíritos por perto...
Um leve arrepio sinto em meu corpo,
Então o medo toma conta de mim,
Sinto o teu sopro de leve em meu pescoço,
O sangue que escorre sobre mim, são as lágrimas do meu
Sofrimento...
Por amá-lo e não poder estar com você em seu mundo,
Sinto a culpa...
Quando estou só, não ouço a voz, não vejo as cores...
Posso sentir, tua presença em minha alma,
Não posso tocá-lo, porque estás além dos olhos meus...
Na madrugada somos três... A tristeza, a solidão e eu...
Se estás aqui, eu adormeço em teus acalentos,
Se tu me acolhes, já me inundo de desejos.
Quem dera... Que fosses o conde de meus vícios,
A fumaça nos pulmões... O escudo, a espada e o espírito...
Eu ouço vozes e vejo vultos,
Eu bebo um gole de wisque e corto meus pulsos.
Um corpo caído, um sonho do avesso.
Já não luto contra o luto, não amputo meus impulsos...
Desmaio ao devaneio no meu leito moribundo,
Noturna... Soturna, na dor e na saudade
Nas flores do sepulcro...
Até que a morte nos separe.
A lágrima no meu rosto é mágoa...
Escuridão...
A escuridão... Nela te procuro...
E em cada tentativa,
Em cada verso,
Em cada parede,
Em cada fragmento...
Ouço bem baixinho um grito de sussurro dentro de mim.
Em uma janela do tempo... Infinita e vasta,
O amor se vê... jamais direi que te esqueci...
Amo sozinha, coisas que cavei em noites infinitas que por ai andei...
Bate forte... Muito forte...
Pego meu coração pela boca e o parto em estrelas...
Estrelas...
Sorrisos...
São as batidas de um coração apaixonado...
Uma vela ilumina a escuridão que por lá já não esta...
Brilho perdido toma um rumo diferente...
Os encaixes voltam a se unir harmoniosamente...
Como um som angelical...
Trovões bravejam meu peito,
Miro coisas com convicção...
As contas se tornam simples adições,
Que subtraem da mente todas as divisões...
Amor...
Tristeza...
Todas juntas em um momento em que a separação as une.
Lapsos trazem a memória de volta...
Um estalo desconhecido de um barulho que conheço,
Frases soltas que preciso organizar,
Escritos desorganizados fazem os versos desta palavra perdida...
Perdida em achados que pensamos não saber,
Saber sem ter sabedoria... Sincronizando encontros de luz obscura.
Um trabalho de corpo maravilhoso...
Sem respirar e ofegando,
Suspiro cada gota de suor de meu pensamento...
Pensamento...
Meu pensamento misturado no pensamento de uma lembrança futura...
Perdi-me nos caminhos que achei...
...Achei ter achado o caminho perdido de cada palavra guardada...
achar o caminho perdido é sempre um bom recomeço, uma nova estrada. abraço
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