quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lábios da noite!

Em meus sonhos mais secretos,
Os lábios da noite beijei...
Tendo como testemunha
Apenas a lua e as estrelas.

Lábios...
Lábios vagos na escuridão...
Quentes...
Que me ardiam em beijos...

Lábios da noite,
Covardes...
Escrupulosos...

Lábios que me beijavam
E me traiam ao mesmo tempo,
Sem pedir perdão.

Lábios da noite...
Que me deixaram
Na penumbra da escuridão
Sozinha em perdição.

Lua!!

Quando a lua cai sobre a noite,
Refugio-me da embriagues.
Com meus pensamentos,
Embriago-me com seu rosto.

Meus olhos enchem-se de lágrimas,
Fico indecisa e temerosa...
Temo ser inconveniente e assustadora...

Mal penso...

Seu olhar rouba dois minutos o meu coração,

Eu devaneio facultativa...

Lua cheia, tu me seduz...
Tua beleza é o ápice da perfeição,

És o espetáculo da natureza mais fascinante.

Tu gera a beleza da noite,

Embriaga corações...

O seu espetáculo é inesquecível...


Diante de ti deusa da noite,

Que na penumbra do lume,
Da outro tom as cores,
E se transforma em poemas...

Inspiração pra muitos amores.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pai!!

Pai
Sonhei contigo...
Estive bem perto,
Do teu aconchego.

Senti teu carinho,
Ouvi tua voz,
De paz e sossego...

Mas não entendi
Porque tamanha apatia!!
Será que no céu a gente se envolve
Em nuvens de amor!!
E assim sem mágoa
Nem rancor...
Só há alegria??
E o que se faz
Com a saudade
De que aqui na terra invade
O nosso pranto de dor??

Saudade... Tenho saudade...
Daquele que percorreu caminhos ao vento...
Mas que me ensinou a seguir o caminho,
Da dignidade,
Do respeito e da sabedoria.
Que me mostrou a vida de maneira doce...
Que acalentou sonhos ao meu respeito,
E que não pode vê-los se concretizar.
Que apesar dos erros, tinha orgulho de ser pai...
"Meu pai".

Não posso ouvir agora seu esbravejar...
Por não ter me comportado direito.
Ver seu sorriso...
Por ter eu alcançado o sucesso
Por menor que fosse.
Sentir orgulho ao pronunciar meu nome,
Ou comentar meus feitos tão pequenos.
ver o brilho dos seus olhos ao me ver pregar a verdade.
Os tapas...
Quando achava que o que fiz
não estava correto,
Embora muitas vezes estivesse.

Sinto sua falta...
Das nossas conversas,
Do que viviamos,
Dos momentos que passamos juntos...

Saudade... Tenho saudade,
De ti meu velho pai,
Debruçado na janela
Olhando os campos sem fim...
Vejo-te perto de mim,
Cabisbaixo e pensativo...
Na busca de um incentivo,
Pra tornar a vida mansa...
E teu abraço quase alcança essa distancia em que vivo...

Esta tua ausência, meu pai...
Eu sinto no mate amargo,
Nesta saudade que trago dos tempos de minha infância,
Sem pensar que a distância,
Fosse o preço da evolução.

Teu rosto todo marcado pelo tempo de sacrificio,
Quando no labor do ofício,
Galopando nas coxilhas,
Nessas madrugadas frias,
Domova teu sofrimento,
Lutando pelo sustento da tua humilde familia.

Ergue a cabeça meu pai
Herói que não tem medalhas,
Vencedor de mil batalhas
Pela sociedade esquecido,
Tuas histórias serão lidas,
Pelos teus descendentes,
Que ensinastes a ser descentes,
Com teus exemplos de vida.

Mas aprendi, dessa imagem fria,
De um sonho que se desfez,
Que a vida é alegria!!
E assim como você meu velho pai...
Estarão sempre presentes nos dias meus...
E se não fosse a certeza que tenho,
Que estás tão junto de Deus,
Não saberia viver...
Longe dos conselhos teus.

Sonho e solidão!!

Deitada em minha cama...
Sinto um arrepio..
A minha volta, não ouço nem um pio...
Penso em ti...
Sonho contigo...
Por entre fantasmas e desejos...
És tu o meu doce e amargo castigo.

Lindo e desejado amor...
Que bom seria não mais acordar,
Deste sonho lindo!!

Meu coração é triste, sem vida...
Vazio...
Sofre nos dias frios...

Ama, sem receber o mesmo amor...
Chora por não receber o teu calor...
Um coração despedaçado...
Vive na companhia da solidão...

Quando eu sonho contigo,
Sinto esperança,
A certeza,
O calor...

Vejo os teus olhos na lua cheia...
O teu brilho... No escuro da noite...

Enquanto almas rodeiam meu corpo...
Gozando da minha paixão ardente,
Enquanto isso... Desejo o teu corpo...
Enquanto isso... Desejo teus lábios...

Sinto teus lábios na escuridão...
Abraçando-me no calor dessa ardente paixão.

Não me deixa te esquecer...
Na escuridão de minha alma...
O teu sorriso esta brilhando...
Na confusão da minha cabeça...
Tua voz estou ouvindo...

Quero encontrar em teu olhar,
A sinceridade de um anjo...
Em teus lábios,
A doçura de uma criança.

Quero que seja sensível,
Capaz de chorar...
Quero que sejaforte,
Trasmita-me segurança...
Quero que seja o que é,
Na imensidão dos vagos dias...
Quero que sejamos o que somos,
Na realidade de nossas fantasias.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A noite e eu!!

A noite e eu...
Em mais um sonho meu...
A noite me cobre com seu manto negro...
Em túmulos de solidão,
Sinto-me um anjo...
Chorando em colapso, sozinha em perdição.

A dor dói em meu peito,
Sinto pena de mim mesma...

Eu ouço vozes em meus ouvidos,
Vozes que nada dizem...
E em minhas mãos,
Rosas vermelhas para espantar a solidão.

A noite é um túmulo,
Onde tudo se acabou.

...Meus lábios desenhados,
Adornam a tua beleza...
Entre a luz e a escuridão...
...Teus olhos advidos,
Atraem e refletem o brilho da lua...
Quase que real...

...Meu maior desejo,
Desvendar...Teus pensamentos...

A noite e eu...
À espera,
Ansiosa e perturbadora,
Dos teus beijos e abraços,
Do teu calor...

Tua voz acalma meu coração,
Tua existência ilumina os dias meus...
Aumentando cada vez mais a vontade de te ter...

Com um leve toque de tormento,
Sofro com essa maldita espera...

Noite escura...
Doce, serena e fria...
Meu amado, minha alegria...

...Alma perdida...
Olhando para o céu...
Meditando sobre a lua e as estrelas...

Nessa noite fria...
Onde minha alma se perdeu...
Na solidão e na dor....

...Resta em meu peito apenas o vazio...
Sofrimento, minha constante companhia...
Em meus lábios ainda sinto,
O gosto do teus beijos...

Então choro...
Choro...
Choro com a lembrança
Do que um dia tive,
E com facilidade tudo perdi.


Meus Lamentos!!

Quem sou??
Sei lá!! Eu sei lá bem!!
Sou um reflexo...Um canto de paisagem,
Ou apenas cenário.

Eu sou o poeta da escuridão,
Que semeia em frios jardins,
Flores mortas,
Com as próprias mãos.

Nessa vida, nada tenho e nada sou,
Ando pelas ruas em busca de um lugar,
Um lugar...
Que nem ao menos eu sei onde fica.

No silêncio das noites estreladas,
Olho para o céu a procura de algo,
Algo que decifre o que sou...

Como a sorte: Hoje aqui, depois além!!
Sei lá quem sou?? O que sou??
Trago em minhas mãos,
A dor de uma lágrima
E a beleza de uma rosa...
Que enfeitará meus dias de luto eterno.

Quem sou?? O que sou??
Sou um ser escuro,
Vigio a noite,
Com meus olhos de vampira,
Buscando encontrar a beleza
Que se esconde em cada sombra.

Meus olhos pintados de preto,
Vêem o que não pode ser visto,
Pelos olhos mortais.

Eu vaguei nos céus escuros,
Num crepúsculo mágico,
Vi a luz nas trevas...
Que pouco ainda produz...

Então... Vejo-me a chorar...
Em lágrimas de sangue de dor.
Vejo-me deitada sobre uma tumba,
Não sei onde estou!!
Não temo meu destino,
Não temo minha dor,
Não entendo minha vida,
Não entendo onde estou,
Não entendo quem eu sou...
Mas que temo meus sonhos,
Onde tudo é terror.