Lá fora a chuva cai,
Ferindo os meus ouvidos.
A noite,não é mais noite
È só mais um fim para um dia ruim.
Não consigo mais respirar...
Só tento ainda enxergar,
Não o cominho
Não a noite
Mas sim o nada,
O nada em que me tornei.
Nessa escuridão inevitável que me segue,
Fiz tudo o que podia fazer.
Só assim me fortaleço
Mas não consigo viver.
Sobrevivo perante o mar,
Ilhada, não consigo fugir
Amando muito a tudo e a ti buscando...
Não consigo demonstrar o mínimo
Sofro por tal brutalidade de espírito.
A melancolia ecoa em minha mente vazia
Como um alerta para o que há de vir.
Presa atrás de vitrais,
Vejo luzes dançantes...
No escuro me sinto só,
Protegida pela névoa,
Busco o sentido...
Singular sentimento
Deprime-me ao extremo.
Nostalgia me domina,
Dilacera meu peito.
Meu coração agora sangra
Minha alma se despedaça aos poucos.
Num segundo sou luz resplandescente,
No outro só sinzas da tristeza.
Agora eu as vejo girando...
As luzes dançantes,
Não param de girar...
A vida passa aos meus olhos
Como num piscar do universo,
Deixando-me louca
Ou talvez normal.
Vejo os extremos quase se tocando
Como num atalho imaginário,
O impossível agora
Pode ser alcançado
E o improvável se torna inevitável.
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